Théo, estagiário do Arquivo da Presidência da República, mexendo em algumas caixas de documentos, deparou-se com uma análise diplomática avulsa, que chamou a sua atenção por não conseguir identificar a qual documento se referia. Como Théo já fez a disciplina Diplomática e Tipologia Documental com o Professor André, resolveu usar a mesma brincadeira de "Descubra que documento é esse" para desvendar esse mistério. A partir disso, resolveu ir a fundo e entender como os autores da Arquivologia definem destes termos descritos no documento misterioso.
Descobriu que:
Descobriu que:
Suporte: é o material no qual são registradas as informações (ARQUIVO NACIONAL, 2005). Na análise encontrada o suporte era convencional, ou seja, papel.
Disposição lógica das informações: Théo sentiu uma grande dificuldade para localizar essa definição por parte dos autores mas entendeu que os documentos contém dados e informações. Quando são estruturados de forma sistemática, isso ajuda na compreensão da mensagem que se deseja passar. Ou seja, o cabeçalho, o título, data, assinatura, timbre e o símbolo identificados na análise que encontrou são estruturados de forma lógica no documento, facilitando então a compreensão por parte do usuário. Concluiu que a disposição lógica de informações facilita o entendimento e faz com que o documento seja único, com características próprias.
Funções: são as origens funcionais do documento, as razões pelas quais foi produzido, tomando-se em consideração - e nesta ordem - a função, a atividade que lhe concerne e os trâmites pelos quais passou. (BELLOTO, 2002). A principal função do documento misterioso encontrado é a habilitação de investidura de cargo.
Entidade produtora: entidade coletiva, pessoa ou família identificada como geradora de arquivo (ARQUIVO NACIONAL, 2005). Logo depois, verificou que quem produziu o documento foi o Tribunal Superior Eleitoral - TSE
Gênero Documental: reunião de espécies documentais que se assemelham por seus caracteres essenciais, particularmente o suporte e a forma de registro da informação, como documento audiovisual, documento bibliográfico, documento cartográfico, documento cinematográfico, documento iconográfico, documento eletrônico, documento micrográfico, documento textual” (ARQUIVO NACIONAL, 2005). Ele verificou que o gênero predominante no documento não identificado é o textual.
Formato: configuração física de um suporte, de acordo com a sua natureza e o modo como foi confeccionado. (CAMARGO, 1996). Identificou, posteriormente, que a análise dizia que o documento foi feito no papel timbrado.
Não satisfeito com o que descobriu, resolveu pesquisar sobre a espécie documental para, finalmente, descobrir do que se tratava.
Espécie Documental: é a divisão de gênero documental que reúne tipos documentais por seu formato (ARQUIVO NACIONAL, 2005). Logo depois dessa informação, ficou óbvio para Theo sobre qual documento a análise dizia respeito: era um Diploma de Declaração de Vencedor da Eleição Presidencial. Procurou na caixa-arquivo o documento citado. Com muita sorte ele encontrou o tal Diploma e descobriu que era da então Presidenta Dilma Rousseff! Agora, Théo e todos os leitores desse novo blog sabem como a análise diplomática pode ser útil na descrição documental!
Referências:
ARQUIVO NACIONAL. Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivistica. Rio de janeiro: Arquivo Nacional, 2005. Disponível em: <http://www.arquivonacional.gov.br/download/dic_term_arq.pdf>. Acesso em 22.03.2012
CAMARGO, Ana Maria de A. (coord.). Dicionário de Terminologia Arquivística. São Paulo: AAB-Núcleo Regional de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura, Departamento de Museus e Arquivos, 1996.
BELLOTTO, Heloísa Liberalli. . Como fazer análise diplomática e análise tipológica de documento de arquivo. São Paulo: Imesp/Arq-Sp, 2002. (projeto Como Fazer, 8). Disponível em: <http://www.arquivoestado.sp.gov.br/saesp/texto_pdf_17_Como%20fazer%20analise%20diplomatica%20e%20analise%20tipologica.pdf>. Acesso em 21.03.2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário