Fonte: http://migre.me/8RvVS
O tratamento de fotografias e imagens no âmbito da Ciência
da Informação ainda possui bagagem escassa, dificultando, então, a gestão
desses tipos de documentos nas organizações. De acordo com a apresentação dos
palestrantes na aula de Diplomática e Tipologia Documental do dia 13/04/2012, é
fácil perceber que as organizações (e pessoas) possuem pouca noção de como
tratar os documentos com esse tipo de suporte. Aliás, o suporte é um dos
maiores problemas. Para aqueles que não possuem conhecimento arquivístico, mas
precisam acondicionar e preservar documentos dessa espécie, identificar qual o
tipo de suporte de documentos fotográficos e imagéticos torna-se uma situação desafiadora. A questão
desses documentos trabalha com problemas diversos e distintos. A procedência e
o respeito à ordem original também podem se encaixar nesta situação.
Segundo Laila Di Pietro, através de seu trabalho na
monografia, pode-se notar que a TV Globo Brasília criou uma classe em seu
código de classificação para abrigar esses documentos, já na segunda
organização pesquisada não foi possível encontrar nenhuma classe. Isso acaba
por apresentar a situação em que esses documentos são tratados nas organizações,
fazendo-se refletir sobre os diversos problemas que podem causar ao continuarem
com essa falta de conhecimento e ausência de instrumentos arquivísticos
apropriados. Diversas pessoas e organizações produzem milhares de documentos
fotográficos (e imagéticos) ao longo do desempenho de suas atividades, pergunta-se
então: como será que toda essa
documentação será conservada ao decorrer dos anos? Quais as condições de acondicionamento?
Esse acervo está adequadamente conservado? Há normatização na descrição do
acervo? Como recuperar as informações em tempo hábil para suprir demandas
cotidianas e pesquisas?
A partir das apresentações de
trabalhos dos palestrantes, consegue-se
entender a necessidade que as organizações tem do arquivista para, entre outras atividades, tratar adequadamente os documentos fotográficos
e imagéticos. Fica a seu encargo orientar os demais profissionais oriundos de
outras áreas para que eles possam ter capacidade para lidar com todas as novas
informações e suportes. Ainda mais porque poder-se-á necessitar da ajuda desses
profissionais para pesquisas futuras (da mesma forma como os palestrantes
precisaram).
Tornou-se comum na maioria dos acervos as
fotografias serem separadas por causa do seu suporte, isso pode até acontecer,
mas sua contextualização deve ser mantida. Além de bem conservadas, deve ser
possível a recuperação desses documentos. Segundo Manini (2002)
“A fotografia é uma manifestação
visual. Nela sempre há um foco central, uma razão de ser que motivou aquela
tomada fotográfica. Há que se considerar, contudo, que este motivo central está
cercado de informações que a ele se entrelaçam de diversas maneiras. Pode ser
importante saber, por exemplo, que prédio é aquele ao fundo de uma fotografia
de corpo inteiro de determinada personalidade. E algumas vezes é também
importante considerar o extracampo:o que girava em torno deste recorte
espaço-temporal que se transformou em fotografia?
A tradução é a própria escolha do
termo de indexação, a definição da marca de transposição do visual para o
verbal. A importância do profissional da informação está em que ele deve ter um
conhecimento mínimo sobre o conteúdo do documento que está analisando, bem como
conhecer os interesses dos usuários e a política do acervo e ter acesso aos
mecanismos de controle de vocabulário.”
Essa
importância de analisar as informações presentes na fotografia, foi mostrada
pela palestrante ao apresentar à turma uma fotografia com jogadores de futebol,
sem nenhuma descrição. Aos poucos os
alunos foram analisando o que constava na foto, para contextualiza-la. Essa
prática é essencial para a elaboração do resumo e levantamento dos termos para
indexação, porém essa análise não retoma exatamente ao contexto na qual a foto
foi produzida. Manter o contexto não significa manter no mesmo espaço
físico, mas inter-relacionar a fotografia com os outros documentos através de
instrumentos que direcionem a posição e a relação dela no conjunto documental,
tornando a análise mais ampla, facilitando o trabalho do arquivista para
orientar o pesquisador.
A respeito da questão dos documentos arquivísticos, há uma diferença crucial quando se faz a descrição. Pode-se descrever os documentos á luz de seus conteúdos, porém, para documentos arquivísticos, dados como a organicidade e o propósito administrativo para o qual o documento foi criado são inerentes ao processo. A importância de incorporar os dados arquivísticos básicos nos documentos está ligado, essencialmente, a classificação documental. Essa atividade pode ser incorporada antes ou posteriormente a descrição. Se classificada depois de descritos, os dados poderão ficar incompletos podendo não representar informações importantes do documento, porém, se classificados previamente são instrumentos que disponibilizam uma visualização ampla da série documental e servem de base para a descrição.
Ademais, vale lembrar sempre alguns pontos importantes: 1) documentos imagéticos são todos aqueles que possuem imagens, sejam fotografias, ícones ou outros; 2) em seu tratamento arquivísico deve-se analisar questões gerais, as finalidades da gênese documental e suas proposições; 3) identificar o conteúdo e saber o que representa no contexto de sua produção; 4) saber quem mandou tirar a foto e o porquê, quem é o titular e qual função do documento. Por fim, ressalte-se que a informação não está no documento isolado, está fora, dele deve-se extrair as questões mais importantes que permitam sua recuperação e acesso. Imagem é informação.
A respeito da questão dos documentos arquivísticos, há uma diferença crucial quando se faz a descrição. Pode-se descrever os documentos á luz de seus conteúdos, porém, para documentos arquivísticos, dados como a organicidade e o propósito administrativo para o qual o documento foi criado são inerentes ao processo. A importância de incorporar os dados arquivísticos básicos nos documentos está ligado, essencialmente, a classificação documental. Essa atividade pode ser incorporada antes ou posteriormente a descrição. Se classificada depois de descritos, os dados poderão ficar incompletos podendo não representar informações importantes do documento, porém, se classificados previamente são instrumentos que disponibilizam uma visualização ampla da série documental e servem de base para a descrição.
Ademais, vale lembrar sempre alguns pontos importantes: 1) documentos imagéticos são todos aqueles que possuem imagens, sejam fotografias, ícones ou outros; 2) em seu tratamento arquivísico deve-se analisar questões gerais, as finalidades da gênese documental e suas proposições; 3) identificar o conteúdo e saber o que representa no contexto de sua produção; 4) saber quem mandou tirar a foto e o porquê, quem é o titular e qual função do documento. Por fim, ressalte-se que a informação não está no documento isolado, está fora, dele deve-se extrair as questões mais importantes que permitam sua recuperação e acesso. Imagem é informação.
Gatíssim@s, o post de vocês ficou ótimo, a coerência, coesão, gramática e concordância estão impecáveis, assim como as citações!
ResponderExcluirMandaram bem!
Vou só dar uma sugestão para que vocês coloquem alguma imagem a respeito do que foi dito no texto, até mesmo para ilustrar a opinião de vocês.
Beleza?