Abaixo, segue as análises dos integrantes
do nosso grupo da atividade da semana proposta pelo monitor Daniel Monteserrat,
no blog Rock, Memória e História,no link http://rockmh.blogspot.com.br/2012/04/opaaa-polemica.html#comment-form
José Mauro acredita que:
A questão de autenticidade e falsidade
permeiam o mundo desde a antiguidade. Aos arquivistas, como nos diz DURANTI,
uma questão é posta: o que constitui o núcleo que pertence e identifica a
profissão? Ela nos diz ainda que “sem dúvida, os princípios, conceitos e
métodos da diplomática são universalmente válidos e podem oferecer sistema e
objetividade ao estudo arquivístico das formas documentais, isto é, uma mais
alta qualidade científica”(tradução nossa). Complementando ainda
suas ideias, ela fala que estamos envoltos por uma variedade e multiplicidade
de informações. No caso dos ingressos falsos, tão parecidos com os originais,
frutos das mais altas tecnologias e habilidades humanas, há aspectos que podem
identificá-los como não originais, como por exemplo, textura, selo de
autenticidade, relevo, papel, dentre outros, que certamente foram analisados
pelos policiais/peritos, que assim os reconheceram como cópias, por mais
perfeitas que fossem. Conhecedores de técnicas que assemelham s originais das
cópias, creio eu, os investigadores certamente valeram-se de alguma forma de
análise diplomática. DURANTI nos diz que o corpo de princípios e métodos
diplomáticos não necessitam ser reformulados, apenas reexaminados e adaptados,
adequando-se ao contexto e à época tais princípios capacitam os
profissionais a identificarem aspectos de autenticidade, dadas as regras que
regem a gênese documental por meio de crítica. A autora afirma também que
o estudo de princípios e métodos diplomáticos dão a quem tratar da formulação
as indicações claras de elementos que são significativos e que devem ser
desenvolvidos, considerando-se que hoje em dia os tipos documentais são
definidos, às vezes, em relação à natureza legal da ação que lhes dão origem e
em outras em relação à sua forma. A identificação da falsidade, como já dito
anteriormente, pode ser feita analisando-se os aspectos que atestem aos
ingressos sua condição de autênticos: selo de autenticidade, relevo,
papel, dentre outros. Antes mesmo de estar diante do show de sua banda de rock
favorita, no ato da compra do ingresso, os aspectos ditos anteriormente devem
ser cuidadosamente observados. Sem contar o fato de que os ingressos vendidos
por cambistas são de origem duvidosa, logo, deverão ser comprados pelos
vendedores autorizados a comercializarem os ingressos, já que são fonte
segura de procedência dos ingressos originais.
A
opinião de Mariana Nascimento é:
Esse
tipo de golpe ocorre com bastante frequência em ambientes de shows. Como foi
citado no blog rock, memória e história, no momento da euforia muitos se
esquecem de se ligar nos pequenos detalhes e muitas vezes podem ser
prejudicados. Podemos aproveitar então a diplomática - que estuda os documentos
como uma unidade e não como componente de uma espécie documental e ainda é
válida universalmente- para tentar criar uma tática para não cairmos nesse tipo
de golpe. Ainda mais porque essa disciplina é de grande valia para entendermos
se o documento é autentico ou não. Para identificarmos se o ingresso comprado
com o cambista é verdadeiro ou não, é necessário que nos atentemos a pequenos
detalhes. Primeiramente devemos reparar se o suporte e o layout das informações
são realmente compatíveis com os originais, o tipo de material em que foram
confeccionados os ingressos e a forma que as informações estão dispostas são
pontos que revelam na hora quando um documento é falso. Cores, fotos,
assinatura, timbres, marcas d´agua e símbolos, ou seja, aspectos externos
(físico e intelectual) são itens que podem ser analisados sim na euforia do
momento.
Serenna
Alves apresenta:
Duranti,
ao falar sobre o propósito da diplomática, incita os três tipos de documentos
autênticos: podem ser históricos, legais e diplomáticos. O documento histórico
e diplomático quando não validados por uma autoridade pública podem ser
considerados como autênticos, porém, os documentos legais nunca serão
autênticos se assim não forem apontados por autoridades competentes.
“Documentos legalmente auténticos son aquellos que suportan una prueba de sí
mismos, a causa de la intervención durante e después de su criación, de un
representante de una autoridad pública que garantiza su genuidad”(DURANTI,
1996). No caso dos ingressos do Rock in Rio, os documentos não são autênticos
porque autoridades competentes não atestaram sua autenticidade. A fraude dos
ingressos faz com que eles sejam documentos pseudo-originais e são simplismente
uma transcrição das informações. A fraude pode ser comprovada ou não somente
através do levantamento de toda a documentação do processo de produção dos
ingressos, do testemunho de peritos para dizer se o processo estava regular ou
não durante a sua produção, ou seja, não há como saber na hora da compra dos
ingressos além de comparar visualmente com outros ingressos a fim de analisar
as disposições das informações, comparar fontes, tamanho da escrita, elementos
de segurança, cores, desenhos, entre outras características. A idéia é que os
ingressos sejam, sempre que possível, comprados de fontes confiáveis como
vendedores oficiais do evento a fim de que esse tipo de situação não ocorra. Do
contrário, a análise diplomática seria útil, até mesmo para explicar para os
seguranças que te barrarem na entrada... vai que eles entendem!
Nathaly
Rodrigues diz que:
O
ingresso apresenta uma forma externa, ou físicas (o formato, o suporte,
material e modo de registro da informação, disposição das informações, e etc.),
uma forma intelectual e conteúdo. A forma física dos ingressos falsificados,
normalmente, são cópias “fiéis” dos ingressos autênticos, isso leva o comprador
a pensar que o ingresso não é falso. A melhor maneira de não correr o risco de
comprar um ingresso falsificado é analisar a sua procedência, compra-los em
locais de venda oficial, que garante que os ingressos foram produzidos por pela
instituição competente, afinal os cambistas, podem até vender ingressos
autênticos, mas isso não é uma garantia. No caso de shows muito grandes, como
no caso do Rock in Rio, que ingressos se esgotaram rapidamente, era claro que
muitos ingressos vendidos por terceiros não apresentariam todos os elementos
que se tem estipulado para provê-lo de autenticidade.
Houve
uma divulgação de como observar se os ingressos eram falsos, como por exemplo,
observar se a imagem da guitarra no ingresso não estava falhada caso isso
ocorresse o ingresso não era autêntico. A pessoa que buscava comprar ingressos
deveriam se atentar para as orientações prestadas pela mídia e pelos
organizadores do evento. A segurança do evento foi muito rígida, para evitar o
cambio de ingressos a organizadora do evento limitou a compra de quatro
ingressos por CPF. O melhor é não deixar para última hora e pensar que muitas
vezes o barato se torna mais caro.
Referência
utilizada por todos:
DURANTI,
Luciana. Diplomática: usos nuevos para una antigua ciencia. Trad. Manuel
Vázquez. Carmona (Sevilla): S&C, 1996.
Referência
complementar utilizada por Nathaly Rodrigues:
http://vejario.abril.com.br/blog/rock-in-rio/altos-baixos/como-reconhecer-um-ingresso-falso
Acessado em 03 de maio de 2012.
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