quinta-feira, 3 de maio de 2012

Atividade individual da semana do blog Rock, Memória e História


Abaixo, segue as análises dos integrantes do nosso grupo da atividade da semana proposta pelo monitor Daniel Monteserrat, no blog Rock, Memória e História,no link http://rockmh.blogspot.com.br/2012/04/opaaa-polemica.html#comment-form

José Mauro acredita que:

A questão de autenticidade e falsidade permeiam o mundo desde a antiguidade. Aos arquivistas, como nos diz DURANTI, uma questão é posta: o que constitui o núcleo que pertence e identifica a profissão? Ela nos diz ainda que “sem dúvida, os princípios, conceitos e métodos da diplomática são universalmente válidos e podem oferecer sistema e objetividade ao estudo arquivístico das formas documentais, isto é, uma mais alta qualidade científica”(tradução  nossa).  Complementando ainda suas ideias, ela fala que estamos envoltos por uma variedade e multiplicidade de informações. No caso dos ingressos falsos, tão parecidos com os originais, frutos das mais altas tecnologias e habilidades humanas, há aspectos que podem identificá-los como não originais, como por exemplo, textura, selo de autenticidade, relevo, papel, dentre outros, que certamente foram analisados pelos policiais/peritos, que assim os reconheceram como cópias, por mais perfeitas que fossem. Conhecedores de técnicas que assemelham s originais das cópias, creio eu, os investigadores certamente valeram-se de alguma forma de análise diplomática. DURANTI nos diz que o corpo de princípios e métodos diplomáticos não necessitam ser reformulados, apenas reexaminados e adaptados, adequando-se ao contexto e à  época tais princípios capacitam os profissionais a identificarem aspectos de autenticidade, dadas as regras que regem a gênese documental por meio de crítica.  A autora afirma também que o estudo de princípios e métodos diplomáticos dão a quem tratar da formulação as indicações claras de elementos que são significativos e que devem ser desenvolvidos, considerando-se que hoje em dia os tipos documentais são definidos, às vezes, em relação à natureza legal da ação que lhes dão origem e em outras em relação à sua forma. A identificação da falsidade, como já dito anteriormente, pode ser  feita analisando-se os aspectos que atestem aos ingressos sua condição de autênticos:  selo de autenticidade, relevo, papel, dentre outros. Antes mesmo de estar diante do show de sua banda de rock favorita, no ato da compra do ingresso, os aspectos ditos anteriormente devem ser cuidadosamente observados. Sem contar o fato de que os ingressos vendidos por cambistas  são de origem duvidosa, logo, deverão ser comprados pelos vendedores autorizados a comercializarem os ingressos,  já que são fonte segura de procedência dos ingressos originais.  

A opinião de Mariana Nascimento é:

Esse tipo de golpe ocorre com bastante frequência em ambientes de shows. Como foi citado no blog rock, memória e história, no momento da euforia muitos se esquecem de se ligar nos pequenos detalhes e muitas vezes podem ser prejudicados. Podemos aproveitar então a diplomática - que estuda os documentos como uma unidade e não como componente de uma espécie documental e ainda é válida universalmente- para tentar criar uma tática para não cairmos nesse tipo de golpe. Ainda mais porque essa disciplina é de grande valia para entendermos se o documento é autentico ou não. Para identificarmos se o ingresso comprado com o cambista é verdadeiro ou não, é necessário que nos atentemos a pequenos detalhes. Primeiramente devemos reparar se o suporte e o layout das informações são realmente compatíveis com os originais, o tipo de material em que foram confeccionados os ingressos e a forma que as informações estão dispostas são pontos que revelam na hora quando um documento é falso. Cores, fotos, assinatura, timbres, marcas d´agua e símbolos, ou seja, aspectos externos (físico e intelectual) são itens que podem ser analisados sim na euforia do momento.

Serenna Alves apresenta:

Duranti, ao falar sobre o propósito da diplomática, incita os três tipos de documentos autênticos: podem ser históricos, legais e diplomáticos. O documento histórico e diplomático quando não validados por uma autoridade pública podem ser considerados como autênticos, porém, os documentos legais nunca serão autênticos se assim não forem apontados por autoridades competentes. “Documentos legalmente auténticos son aquellos que suportan una prueba de sí mismos, a causa de la intervención durante e después de su criación, de un representante de una autoridad pública que garantiza su genuidad”(DURANTI, 1996). No caso dos ingressos do Rock in Rio, os documentos não são autênticos porque autoridades competentes não atestaram sua autenticidade. A fraude dos ingressos faz com que eles sejam documentos pseudo-originais e são simplismente uma transcrição das informações. A fraude pode ser comprovada ou não somente através do levantamento de toda a documentação do processo de produção dos ingressos, do testemunho de peritos para dizer se o processo estava regular ou não durante a sua produção, ou seja, não há como saber na hora da compra dos ingressos além de comparar visualmente com outros ingressos a fim de analisar as disposições das informações, comparar fontes, tamanho da escrita, elementos de segurança, cores, desenhos, entre outras características. A idéia é que os ingressos sejam, sempre que possível, comprados de fontes confiáveis como vendedores oficiais do evento a fim de que esse tipo de situação não ocorra. Do contrário, a análise diplomática seria útil, até mesmo para explicar para os seguranças que te barrarem na entrada... vai que eles entendem!

Nathaly Rodrigues diz que:

O ingresso apresenta uma forma externa, ou físicas (o formato, o suporte, material e modo de registro da informação, disposição das informações, e etc.), uma forma intelectual e conteúdo. A forma física dos ingressos falsificados, normalmente, são cópias “fiéis” dos ingressos autênticos, isso leva o comprador a pensar que o ingresso não é falso. A melhor maneira de não correr o risco de comprar um ingresso falsificado é analisar a sua procedência, compra-los em locais de venda oficial, que garante que os ingressos foram produzidos por pela instituição competente, afinal os cambistas, podem até vender ingressos autênticos, mas isso não é uma garantia. No caso de shows muito grandes, como no caso do Rock in Rio, que ingressos se esgotaram rapidamente, era claro que muitos ingressos vendidos por terceiros não apresentariam todos os elementos que se tem estipulado para provê-lo de autenticidade.
Houve uma divulgação de como observar se os ingressos eram falsos, como por exemplo, observar se a imagem da guitarra no ingresso não estava falhada caso isso ocorresse o ingresso não era autêntico. A pessoa que buscava comprar ingressos deveriam se atentar para as orientações prestadas pela mídia e pelos organizadores do evento. A segurança do evento foi muito rígida, para evitar o cambio de ingressos a organizadora do evento limitou a compra de quatro ingressos por CPF. O melhor é não deixar para última hora e pensar que muitas vezes o barato se torna mais caro.


Referência utilizada por todos:

DURANTI, Luciana. Diplomática: usos nuevos para una antigua ciencia. Trad. Manuel Vázquez. Carmona (Sevilla): S&C, 1996.

Referência complementar utilizada por Nathaly Rodrigues:

http://vejario.abril.com.br/blog/rock-in-rio/altos-baixos/como-reconhecer-um-ingresso-falso Acessado em 03 de maio de 2012.

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