Boa
tarde, pessoal. Hoje vamos analisar a evolução do papel moeda no Brasil. Nas imagens
abaixo temos duas cédulas do real, primeira geração, de 1994 e, a mais nova ou
melhor a segunda geração do real, de 2010. Espero que gostem!
A
nota de dinheiro, aqui apresentada, é um símbolo e diz respeito a uma das
formas mais conhecidas do dinheiro propriamente dito. Sua função administrativa
consiste basicamente em representar compra e troca de bens, serviços,
transações monetárias e diversas outras, ou seja, é o objeto principal de
transações. Podemos dizer então que sua
função administrativa não mudou com o passar dos anos. Em todos os anos o dinheiro em papel
proporciona o poder de pagamento.
No
Art. 2º da Lei 5.895, de 1973, foi estabelecido que a Casa da Moeda do Brasil
tem por finalidade, em caráter de exclusividade, a fabricação de papel moeda.
Ou seja, é função dessa instituição é a fabricação do dinheiro, e esse é o
documento gerado a partir da execução de sua atividade. Observa-se que a casa
da moeda fabrica o dinheiro, e esse só passará a ter valor, quando o Banco
Central emitir as cédulas, ou seja coloca-lá em circulação. A função
arquivística desse documento é provar a atividade típica do órgão (Casa da
Moeda do Brasil), guarda-se um exemplar que já apresenta valor histórico, para
dar continuidade à história do papel moeda. A nota também pode se tornar um
documento de arquivo, por exemplo, se um crime foi cometido e o assassino
deixou uma nota de dinheiro como pista, essa se tornará parte do processo de
investigação, e posteriormente um documento jurídico, quando o caso estiver em
julgamento.
Análise Diplomática
As duas notas (a de 1994 e a de 2010)
possuem o mesmo suporte no decorrer de sua evolução (papel de segurança), o mesmo formato
(cédula). Os sinais de validação continuam praticamente os mesmos da nota de
1994 (numeração, fio de segurança, imagem latente, marca tátil, marca D'agua,
fibras coloridas, linhas multidirecionais, microimpressões, registro
coincidente, assinatura do Ministério da Fazenda, assinatura do Presidente do
Brasil, valor representativo da nota, desenho representativo do peixe Garoupa
no verso, desenho representativo da Efígie Simbólica da República interpretada
sob a forma de escultura, entre outros), porém, o tamanho da nota ficou maior,
a marca d'agua e o número escondido foram redesenhados para facilitar a
visualização da população e a faixa holográfica que alternam suas cores e
formas quando movimentadas. Tanto cédula de 1994 quanto a de 2010 são
fabricadas pela casa da moeda, emitidos pelo Banco Central do Brasil e são
originais, a função administrativa é a mesma (ambas tem o poder de pagamento
via troca de bens e serviços).
O dinheiro no Brasil
No
Brasil Colônia, as relações comerciais se davam por meio de trocas, como
ocorreu com Pero Vaz de Caminha, já que os índios que aqui viviam não conheciam
dinheiro. A primeira troca de que se tem registro é de barrete e carapuça do
navegador por colar e cocar do indígena.
A
partir da colonização, com o desenvolvimento de relações comerciais e
agrícolas, fez-se necessário o dinheiro, para facilitar tais relações. À
princípio utilizou-se moedas de ouro, prata e cobre, vindas de Portugal.
Posteriormente, foram cunhadas as primeiras moedas no Brasil. Logo após,
surgiram os bancos, onde as pessoas depositavam suas moedas e recebiam pequenos
papéis com o valor correspondente, eram as primeiras cédulas. Os bancos
emitiram cédulas tendo por garantia as moedas, o que fez a circulação
desenvolver-se. O uso do papel-moeda popularizou-se.
O
Governo atribuiu a responsabilidade de emissão do dinheiro a um só órgão, o
Banco Central, como se pode ler nas cédulas até o dia de hoje.
O
primeiro dinheiro a circular no Brasil foi a moeda-mercadoria, mesmo após a
introdução de moedas. As primeiras moedas metálicas - de ouro, prata e cobre –
chegaram com o início da colonização portuguesa. A unidade monetária de
Portugal, o Real, foi usada no Brasil durante todo o período colonial. Assim,
tudo se contava em réis – plural popular de real – com moedas fabricadas em
Portugal e no Brasil.
As
casas fabricantes de moedas foram aqui criadas à medida que os lugares iam
desenvolvendo-se e necessitavam de dinheiro. A primeira foi a Casa da Moeda da
Bahia, seguida pelas do Rio de Janeiro, Pernambuco e Minas Gerais.
As
moedas da época do Brasil Colônia, de 1500 a 1815, são: Pau Brasil, Zimbo, Pano
de Algodão, Real Espanhol, Carimbo Coroado, Florim, Soldo, Moeda, 2 Patacas,
Vintém, Dobra de 8 Escudos, 2 Vinténs, Dobrão, Barra de Ouro, Certificado de
Barra, Dobra de 4 Escudos, 600 Réis, Bilhete da Casa de Administração Geral de
Diamantes, 6.400 Réis, XL Réis, Patacão, Bilhete de Permuta de Ouro em Pó e
Bilhete do Banco do Brasil.
No
Brasil Reino Unido, de 1815 a 1822, as moedas foram os 6.400 Réis, LXXX Réis,
80 Réis e 37 ½ Réis.
No
Brasil Império, de 1822 a 1889, as moedas foram: Peça da Coroação, 4.000 Réis,
960 Réis, Cruzado, 500 Réis, Troco do Cobre, 100.000 Réis, 40 Réis, 200 Réis e
500.000 Réis.
À
época do Brasil República, de 15 de novembro de 1889, emitiram-se os 20.000
Réis, 30.000 Réis, 200 Réis, 40 Réis, 20 Réis, 5.000 Réis, 400 Réis, moedas de
prata da República, Cédula da Caixa de Conversão (em valores que variam entre
10.000 réis e 1 conto de réis – o chamado papel-ouro, porque tinha a garantia
de ser trocado por moedas de ouro), 500.000 Réis, 100 Réis, 1 Conto de Réis,
Cédula da Caixa de Estabilização, 300 Réis, 5 Cruzeiros, 1.000 Cruzeiros, 5
Cruzeiros, 20 Cruzeiros, 5.000 Cruzeiros, 1 Centavo, 10 Cruzeiros Novos, 1
Cruzeiro, 10 Cruzeiros, 50 Centavos, 100
cruzeiros( lançada em 1981, juntamente com as de 5.000, 500 e 200 cruzeiros,
todas integrantes da mesma família de cédulas e moedas. A primeira cédula a
surgir fora a de 1.000 cruzeiros – o barão, lançada em 1978). A linha de moedas
lançada em 1980, em aço inoxidável, era menor e mais leve que as anteriores, e
permitia a introdução de valores mais altos de acordo com as moedas de 20 e 50
cruzeiros, lançadas em 1981. Além dessas, foram lançadas outras moedas até
meados da década de 1990.
Atualmente,
a moeda que vigora no país é o Real, criando em julho de 1994, após uma série
de crises financeiras. Recentemente a Casa da Moeda do Brasil criou cédulas de
R$ 50,00 e R$ 100,00 em dimensões diferente das tradicionais que já existiam.
Em 2000, ano de celebração do descobrimento do país foi lançada a cédula
comemorativa de R$ 10,00 produzida em material plástico.
Fonte